Hoje assisti no Hospital do Litoral Alentejano, a uma situação comum na maioria dos hospitais públicos Portugueses. Embora eu não seja um utente assíduo dos hospitais (felizmente), durante seis anos tive oportunidade de entrar nalguns, ao serviço dos Bombeiros Voluntários de Sines , como tal posso confirmar que o caso que vou relatar não é único. Pois então, assisti á revolta de um cidadão que acompanhava a sua esposa á consulta de uma especialidade, este encontrava-se a falar com os enfermeiros, faláva em voz alta e bom som, num acto de desespero e ao mesmo tempo de frustação. Segundo o que me apercebi a sua esposa tinha consulta marcada para as 9,30 horas no serviço que não vou aqui mencionar, mas que é semelhante a muitos outros serviços existentes nos nossos hospitais. Áquela hora 11,30 h. a senhora ainda não tinha sido atendida porque o médico ainda não tinha chegado ao Hospital. Ora o dito cidadão "refilão" argumentava que se a sua esposa não tivesse comparecido á hora marcada seria penalizada, perderia a consulta e teria que voltar noutro dia, e o médico, como de costume encontrava-se atrasado um bom bocado e ninguém sabia dar uma justificação nem previsão de chegada do mesmo. O tal cidadão "refilão" argumentava com a reclamação no livro amarelo, mas... não avançou para o acto a que tem direito, talvez por receio de a sua cônjuge estar dependente dos serviços do tal médico atrasado, ou talvez por os restantes cidadãos que estavam a assistir (incluíndo eu que lá estava também) não lhe terem dado a tal força necessária que por vezes nos dá coragem para reclamar.
Publico este texto para que desta maneira possa ficar solidário com o tal cidadão "refilão", o médico pode ter um atraso como todos os seres humanos, pode ter tido um imprevisto, acontece... agora repetidamente esta situação acontecer é que já não é normal. Temos que ter coragem, reclamar é um direito, mas os direitos são adquiridos com o cumprimento das obrigações.
Um comentário:
INFLIZMENTE É A SAUDE DO NOSSO PAÍS
Postar um comentário